Este artigo faz uma aproximação entre os conceitos de metáforas conceituais e esquemas de imagens, como presentes nos textos de Lakoff e Johnson (1980), Brower (2002), Nogueira (2003), com as formulações teóricas do compositor Denis Smalley; formulações estas representadas pelos conceitos de espectromorfologia e campos indicativos. Assim, identificamos que os autores em questão consideram o movimento metáfora essencial para o entendimento da nossa experiência, tanto no mundo quanto na música. Com isso, buscamos propor que o relacionamento entre as ideias destes autores podem fundamentar uma abordagem incorporada da experiência musical de forma plural, tanto na composição quanto na performance, e também no entendimento dos eventos sonoros pelos ouvintes em contextos musicais. Sugerimos que esta abordagem é, sobretudo, importante para práticas que utilizam meios eletroacústicos e performance em tempo real como elemento composicional, como no live electronics, que utilizam interfaces físicas de controle para produção musical.
https://doi.org/10.34018/2318-891X.2(2)141-161