No presente artigo, o autor, pianista e pedagogo alemão, toma como objeto a prática mental, concebendo-a como meio de incrementar a qualidade da prática e da performance instrumental. Partindo dos primeiros estudos de Varró (1929) e Leimer (1931), o artigo propõe uma perspectiva geral sobre o contexto histórico-musical da prática mental e a organiza em duas fases: a elaboração mental e a elaboração instrumental do texto musical. Como métodos referentes à mesma, o autor apresenta a descrição sistemática, a redução estrutural e a verbalização de “pontos de conexão”, e lança luz sobre o funcionamento e a estimulação da memória motora, sinestésica, visual, cognitiva e emocional. Além disso, o trabalho aborda procedimentos para estabilizar a técnica instrumental (dedilhado, tipos de ataque, sensação de tocar, economia de movimentos, trechos dificeis e tensões musculares). Mirando uma aplicação prática da metodologia, o autor fornece diversos exemplos da literatura para piano, assim como relatos de suas próprias experiências como pianista.
https://doi.org/10.34018/2318-891X.3(1)93-126