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O presente artigo tem por objetivo analisar o emprego do estudo de mãos separadas e juntas durante a prática e sua relação com o desenvolvimento da performance em termos de andamento e aquisição de fluência. Em delineamento quasi-experimental e longitudinal, o estudo acompanhou pianistas profissionais e estudantes de graduação que aprenderam a Sonata K. 271 de D. Scarlatti ao longo de um mês. Os resultados mostraram que a prática de mãos juntas e mãos separadas estiveram presentes no aprendizado de todos os participantes, sendo que o separar mãos constituiu uma forma de simplificar a passagem praticada. A constância da prática de mãos separadas ao longo do tempo esteve associada a maiores níveis de fluência e de andamento de performance. A intensidade de tal estratégia mostrou-se relacionada à dificuldade da peça e à expertise do indivíduo, sendo que, quanto maior a carga cognitiva intrínseca para o praticante mais relevante a sua presença e frequência de utilização durante a prática.
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