Este ensaio tem como objetivo a clarificação do conceito de experiência transcendental na performance musical, como forma de compreender, para pesquisas posteriores, tanto como a mesma pode ser alcançada tal como qual seria – caso haja alguma - sua função soteriológica, i.e., de salvação humana, na vida do ser humano. Para tal, primeiramente visa-se clarificar as confusões linguísticas sobre o termo transcendental referente a música e, por meio de paralelos com as filosofias antigas dos helenos e suas compreensões a respeito da experiência, discernir como ela ocorre durante a performance– ou se ocorre, de fato – assim como entender as limitações da mesma nessa por meio dos limites do conhecimento humano referente ao transcendental. A metodologia, inicialmente, será totalmente teórica, buscando fontes bibliográficas para a fundamentação de qualquer hipótese que venha a surgir por meio dos paralelos interdisciplinares feitos. Baseado nisso, eu argumento de que se trata de algo imanente, e não transcendente, no qual o performer atinge um estado de conceituação implícita, consequente das automações dos estudos e próximo aos estados de grande tranquilidade e não dualidade – isto é, a barreira entre sujeito e objeto se torna mais tênue.
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