No presente artigo, abordo o processo de elaboração do Protocolo de Microanálise da Prática Musical (PMPM) — resultante da conciliação e adaptação dos instrumentos propostos por McPherson e colegas (2015; 2017/2019), Miksza e colegas (2018) e Osborne e colegas (2020) — e as discussões decorrentes da aplicação parcial do protocolo no formato remoto — em virtude do distanciamento social relacionado à pandemia de COVID-19. Destaco que a discussão acerca da possibilidade de utilização de ferramentas e plataformas digitais/on-line para a efetivação dos experimentos microanalíticos se apresentou produtiva e promissora e que a aplicação parcial do protocolo demonstrou a viabilidade procedimental da aplicação remota de todas as etapas do protocolo, com diferentes graus de eficácia a depender do perfil e caráter de cada instrumento metodológico — oral e/ou prático — e das condições tecnológicas — de captação e transmissão dos dados — relacionadas ao uso das plataformas digitais/on-line. Ao propor a implementação de um protocolo microanalítico destinado à avaliação da aprendizagem autorregulada do graduando em música, este estudo apresenta o potencial de contribuir com a progressiva discussão — ainda embrionária na literatura — acerca da inclusão da perspectiva da aprendizagem autorregulada como indicador e balizador para o processo de reelaboração e revisão de currículos e programas dos cursos de formação do músico instrumentista em nível de graduação.
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