ARTIGOS
Vol. 7 Núm. 1 (2019)
Espacialidade e sentido musical incorporado: Sobre a redução da complexidade musical pela linguagem
-
Enviado
-
julio 10, 2021
-
Publicado
-
2023-11-02
Resumen
A partir do advento das pesquisas experimentais em cognição incorporada, foi possível verificar empiricamente que os processos sensório-motores, quais sejam a orientação e a prontidão do corpo para agir no espaço, condicionam e regulam os modos de conexão dos conteúdos cognitivos, permitindo assim que a mente transcenda o espaço. É desse modo que o pensamento abstrato é inelutavelmente conectado às funções sensório-motoras e, assim, à estrutura espacial das interações do corpo no mundo. Cumpre advertir para a anterioridade das experiências de “ocupação” do espaço — sensório-motoras — em relação às experiências de “conceituação” do espaço — simbólicas. O presente estudo ancora-se à hipótese de que a hegemonia espacial em nosso sistema perceptivo e cognitivo está fundamentada no fato de que o indivíduo retém e prioriza os sentidos espaciais — descartando a formação de outros possíveis tipos de sentidos —, porque a objetividade espacial oferece à memória um desempenho mais rápido e preciso. Ou seja, parece que nossas estratégias cognitivas ao usarmos esquemas espaciais de memória para entender o mundo são processos sistemáticos de redução da complexidade descritiva do ambiente. A hipótese aqui discutida é que para atribuirmos “materialidade” aos objetos musicais e assim construirmos os sentidos incorporados da música, é preciso, antes, reduzirmos a densidade do meio sonoro, possibilitando a apreensão do fluxo musical em modalidades coexistentes e interagentes de coerência configurativa.
-
LEONARDO TUBIA BRASIL,
PABLO DA SILVA GUSMÃO,
Ensaio sobre a natureza transcendental na performance musical
,
Percepta - Revista de Cognição Musical: Vol. 9 Núm. 1 (2021)
-
RODRIGO DUETI,
SONIA RAY,
ELISA ALVES,
Psicoterapia breve e ansiedade na performance musical: Aplicabilidade e resultados
,
Percepta - Revista de Cognição Musical: Vol. 3 Núm. 1 (2015)
-
Nayana Di Giuseppe Germano,
Hugo Cogo-Moreira,
Arthur Rinaldi,
Graziela Bortz,
Teste para avaliação do ouvido relativo por meio de tríades em primeira inversão
,
Percepta - Revista de Cognição Musical: Vol. 11 Núm. 1 (2023)
-
MÁRIO ANDRÉ WANDERLEY OLIVEIRA,
CRISTINA MIE ITO CERESER,
LIANE HENTSCHKE,
Tecnologias de informação e comunicação na educação musical: Um estudo sobre a autoeficácia de professores de música no Brasil
,
Percepta - Revista de Cognição Musical: Vol. 3 Núm. 2 (2016)
-
ROSEMYRIAM CUNHA,
Musicoterapia: Música e saúde em prática
,
Percepta - Revista de Cognição Musical: Vol. 4 Núm. 2 (2017)
-
CLARA MÁRCIA PIAZZETTA,
GABRIELA TIEMI RODRIGUES MORI,
O Ritmo como força na experiência musical em Musicoterapia
,
Percepta - Revista de Cognição Musical: Vol. 6 Núm. 2 (2019)
-
MAURÍCIO PEREZ,
CAOQUI SANCHES,
A metáfora do movimento na música eletroacústica
,
Percepta - Revista de Cognição Musical: Vol. 2 Núm. 2 (2015)
-
MICHEL IMBERTY,
Música, tempo e narratividade: Origem e destino da musicalidade humana
,
Percepta - Revista de Cognição Musical: Vol. 5 Núm. 1 (2017)
-
ISADORA SCHEER CASARI,
Performance em jogo: Por uma perspectiva incorporada para a pedagogia da performance musical
,
Percepta - Revista de Cognição Musical: Vol. 5 Núm. 1 (2017)
-
LEANDRO MARTINS TURANO,
WALDIR JESUS DE ARAUJO LOBÃO,
GABRIEL GUIMARÃES BRAGA DOS SANTOS MENDONÇA,
Resposta emocional e preferência em três gravações de um prelúdio de Chopin
,
Percepta - Revista de Cognição Musical: Vol. 8 Núm. 1 (2020)
<< < 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 > >>
También puede {advancedSearchLink} para este artículo.