Embora o naipe de violinos seja o mais numeroso e requisitado da prática orquetral, Flesch (1930) já observara que pouco se estudam as peculiaridades da atuação desses músicos. Os cursos de graduação geralmente preparam violinistas para a performance solo, mas a realidade de uma orquestra profissional é bem diferente da prática solista. O artigo aprofunda as questões sobre formação e atuação de violinistas de orquestra. Discuto o suporte da teoria da autopoiese (Varela, 1979), um dos fundamentos do paradigma enacionista das ciências cognitivas contemporâneas, para a argumentação aqui proposta, assim como discuto o conjunto de princípios de ação na performance orquestral, que Wulfhorst (2012) denominou orchestral modes. Argumento, portanto, que além das competências que se referem ao desenvolvimento da prática sensório-motora individual do violinista, existem outras que somente se desenvolvem pela performance coletiva, ao longo de anos de atuação profissional. Para incluir estas últimas na pedagogia de formação do violinista é preciso conhecer mais profundamente as competências que subjazem os princípios elencados por Wulfhorst.
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